quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Há presentes


 

Há presentes

 

Há presentes, que nem Salomão pode igualar

Espelham o azul opalino do fundo dos mares

Gotas de lua que em êxtase se derrama

Rios de luz, ao Sol nascente igualados

Desenhados no vento que a meu porto arrima

São o Cântico dos Cânticos, excelsos…

Sentidos na Alma muda

 

A.

26 de Dezembro de 2012

 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Chi

O Cânone do Caminho e da Virtude I Comentado


Comentário:
Há um caminho e um nome intangíveis, que não podem ser caminhados nem nomeados e outros que podem ser caminhados e nomeados. Ou seja duas formas de existência, uma intangível e a outra tangível.
No entanto, tudo está constituído pelo mesmo elemento, o "".
O é o estado fundamental de existência, é o estado eterno de existência, inacessivelmente grande para as definições limitantes criadas pela mente humana, pelo que não pode ser nomeado.
Quando o se acumula se converte em "Forma", matéria.
Mas a Forma tangível (que pode ser caminhada e nomeada) está condenada a desaparecer e retornar ao estado original de ... por isto não é eterna.
O estado de existência imaterial e eterno, se representa com o símbolo de Wuji, o círculo vazio (embora eu não acredite na existência do vazio :) ). Wuji é o que carece de extremos ou dum eixo central. Uma forma de existência ou uma forma de observar a existência que reflecte a totalidade, sem dividir nenhum fenómeno nem coisa. É o estado simples do .
O estado de existência material e efémero, se representa com o símbolo de Taiji, o círculo com 2 “gotinhas”. Taiji é o que possui extremos ou um eixo central, pelo que podemos falar de acima e abaixo, interior e exterior, céu e terra, espírito e corpo. É uma forma de existência ou de observar a existência, concentrando-nos nas duas formas de comportamento básico do qì: acumulação e dispersão, ascensão e descida, expansão e contração... yin e yáng.
Seguindo este raciocínio podemos deduzir que o (que carece de nome) é o começo de tudo, incluindo o que já se acumulou (Forma) e que pelo tanto possui extremos como o céu e a terra. Noutras palavras: > yin e yáng.
No entanto as combinações ou interacções de yin e yáng [que podem ser nomeadas] criam todas as mudanças que conhecemos na natureza ou as 10.000 coisas. Noutras palavras: > yin e yáng > 10.000 coisas.
Os mais familiarizados com estes conceitos, reconhecerão nisto os conceitos de , Liangyi, Sixiang, Wuxing, Bagua, etc.
Quando a mente está sujeita ao desejo e ao temor, divide, permitindo ver o resultado externo das coisas e fenómenos.
Quando está calma, unifica, permitindo perceber a razão eterna e subtil que está no interior de todas as coisas.
No entanto, no mundo da Forma e do tangível (que descansa dentro do mundo do intangível e que ao mesmo tempo contém o intangível) é impossível estar sujeito só a uma destas formas de existência. Mesmo que a nossa mente brincalhona [mente de macaco lhe chamam os Daoistas :) ] queira mostrar o contrário.
Vemos que o tangível e o intangível estão constituídos pelo mesmo elemento, o . São a mesma coisa com nomes diferentes. Compreender e aceitar as duas formas de realidade é a porta da compreensão de muitas subtilezas.
Tradução e comentário: Larry Ibarra

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Assistencialidade


 

 

 

“Na vida, a perfeição é atingida, não quando nada mais existe para acrescentar, mas, quando não há mais nada para retirar”

 Saint Exupéry

 

O conceito da assistencialidade é por demais conhecido e aplicado em alguns meios filosóficos e espiritualistas.

A assistencialidade despojada, desprovida de qualquer interesse consciente, ou subliminar, é a essência mais pura duma fraternidade ampliada à sua máxima expressão.

Ouvimos com frequência a denominação “ Trabalhadores da Luz”, ao que preferimos chamar “Portadores da Luz”.

Todo Ser Humano é um Portador da Luz, poucos são ainda os que fazem uso d`Ela.

 

“Muitos são os chamados, poucos os escolhidos” disse o Nazareno

 

Mas esta escolha é individual, somos, cada um por si, que optamos por fazer uso, ou não, da nossa Luz.

A necessidade de doação, é um apelo silencioso de toda Alma, que advém da procura primordial, da ansiada, ainda que inconsciente, fusão com o Todo.

Dentre as inúmeras formas em que se pode prestar assistencialidade a outro ser, uma existe, que como suave luva se adapta à nossa mão.

Estágio de vida, idade, condição social, nada é óbice à doação de amor incondicional em qualquer forma de assistencialidade.

Assim mesmo, e para concretizarmos essa faceta da nossa missão, nada precisamos acrescentar à nossa vida. O que precisamos é retirar, suprimir, todos os escolhos que nos impedem de ver, e usar, a Luz da qual somos portadores:

 

O Ego – pela necessidade de reconhecimento ou retribuição

O Julgamento – pela limitada e cega avaliação de quem merece, ou não merece

O Orgulho – de nos considerarmos inferiores, ou incapazes

O Medo – da crítica e do parecer social à nossa acção e viver

O Rancor – em que por desentendimentos pessoais “afastamos” os visados

A Mágoa – em que por sentimentos e emoções em desarmonia, “castigamos” os envolvidos

 

Queridos Amigos, o tempo é pouco e a seara é grande!

Está na hora…de retirar as vendas dos nossos olhos, os cadeados do coração!

Não devemos estar à espera do “ algo” que venha enriquecer a nossa vida, ou acrescentar supostas condições.

A riqueza, aquela que se requer e precisa, essa está em nós, somos nós, é um coração pleno de gratidão.

E que pela alquimia do amor se transforma no Farol que faz parte da nossa matriz.

Portadores da Luz, o tempo é chegado.
 
A.
 
Do livro : "Ponte de Palavras"

 

 

 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bless You


Alma Minha


Tive um sonho! Em que me via, de novo, na recorrente faceta humanizada

Resposta sancionada, pela escolha adormecida nos primórdios dos tempos

E sonhava …que um dia despertava no mundo que almejava, só, porque o sonhava

O que fazemos, alma minha, é sempre pelo bem nosso de cada dia

Se escalamos montanhas reflectimos paisagens que outros possam perceber, pés feridos da caminhada? são as pedras do caminho…disseram-nos que era belo, ninguém nos disse que era fácil

Ajudar, respeitar, partilhar, doar, amar o outro de forma incondicional, é a forma mais bela de olhar por nós, pois para nós, unicidade é já o conceito integrado…e não o da separatividade

 Alma gentil, batedor universal, holograma do meu evoluir, experiência do meu sentir, ama cada degrau da tua escalada peregrina, vem, aproxima-te de mim…

 EU, que sou, e faço parte, do EU de toda a gente
 
 

 

Magdal-eder


Bem-amada que outras esferas alumias

A vibração do teu nome estremece-me, Maria…Maria…

Minha fundação, minha torre, minha cruzada

Abençoados os tempos que te reconhecem

Minhas, as gentes que te enobrecem

Meu sangue continuado

Colo de onde me levanto

Coração onde me expando